quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Fotos dos Alunos


São as fotos dos alunos do último semestre. As fotos de semestres anteriores estão nas páginas dos álbuns.
O pessoal de Física 4, 2011-2.
(Deu trabalho adicionar o que faltou usando o Paint Brush!)


Métodos de Física Teórica 1 (2011-2)
Os sobreviventes descrevem uma gaussiana.










quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Obras de arte dos alunos, nas provas:

Vejam a prova de Miguel Dahlstrom. Uma verdadeira obra de arte!

E a nave espacial de Rafael, com o capacete adicionado por minha filha:

Fotos dos alunos - Métodos 1, Física 4

Depois eu posto todas as outras. Vão essas por enquanto, para acalmar a ansiedade de vocês:

O pessoal de Física 4, 2011-2.
(Deu trabalho adicionar o que faltou usando o Paint Brush!)


Métodos de Física Teórica 1 (2011-2)
Os sobreviventes descrevem uma gaussiana.



quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Guincharam o meu carro - O retorno.

    Na segunda feira faltei à aula de Métodos 1, com muito sacrifício, e fui cedinho buscar meu carro no Detran. Achei que era óbvio que estava no Detran.  Então peguei uma fila para pagar o IPVA de 2011.  25 pessoas na fila e não aceitam cheque. Mas eles tinham a maquininha de cartão de débito, não precisava sacar. Ledo engano. A maquininha dele só paga até 400 reais, e eu tinha que pagar mais de 700. O cara falava por trás de um vidro bem cerrado e eu não ouvia nada. Olhando a gesticulação dele, concluí que eu poderia sacar no terminal do BB ao lado, e não precisaria mais pegar fila. Mas no terminal do BB tinha outra boa fila. Os vidros transparentes deixando entrar a radiação eletromagnética, e nenhum buraco para o vento levar a energia térmica para fora. Até eu estava me abanando. Saquei, voltei, paguei.  Agora para retirar o carro tinha que ir lá embaixo, na entrada do Detran.  O homem lá me avisou logo que carro apreendido não saía antes de cinco dias úteis, de conformidade com a lei.  E que ele nem sabia ainda se meu carro estava lá, pois não tinha processado no computador (sempre culpa do computador!). Podia estar lá, ou na Transalvador, ou na Prefeitura. Que eu ligasse à tarde.
   Voltei para casa, passando mal do ouvido.  Olhei o código de trânsito, que dizia que assim que se resolvesse o problema o carro poderia ser liberado.  Liguei para a ouvidoria. Uma mulher com voz simpática e eficiente disse que minha história era muito estranha. Fez questão de pegar o número de meu celular (que só minha família tem), para me ligar assim que tivesse alguma informação.
    Que saudades de meu carrinho! Se o Detran tivesse me mandado o IPVA deste ano, eu teria pagado como sempre faço e nada disso estaria acontecendo.  13h começava a aula de Física 4, para tirar as últimas dúvidas de meus caros alunos, antes da prova.  Peguei o táxi até o Banco do Brasil da UFBa, pois já era a data do vencimento do cartão, e Deus me livre de mais complicação com coisas a pagar.  Claro que minha mochila cheia de cadernos e livros não passava na porta giratória do banco, nem na janelinha. Fiquei lá na roleta, empatando todo mundo que queria entrar, até que o guarda desse uma olhada na mochila e me liberasse. Demorou um tempo, pois era dia 05/12 e a fila dentro do banco estava respeitável.
   Paguei e fui embora pro PAF 1. Tentei cortar caminho pela frente da Biblioteca, para não me atrasar demais, e acabei indo parar lá no estacionamento da Ademar de Barros.  O senso de desorientação que acomete os físicos me atacou, e não consegui reconhecer onde eu estava. Mas isso só dura alguns segundos, e consegui chegar uns 20 minutos atrasado na minha sala.  Tinha uns 10 alunos que nunca vi antes, muito animados,  usando a lousa e a mesa, enquanto meus alunos ficavam olhando acuados, do fundo da sala.
 - O senhor vai dar aula aqui? - perguntaram.
 - Vou.
- A partir de que horas?
- A partir de uma hora (Era 1:25h).
  Eles foram legais. Arrumaram as coisas o mais rápido que puderam. Me desculpei com meus alunos pelo mau exemplo de pontualidade, e a falta de respeito involuntária para com  o tempo deles.
   Sofri para carregar minha mochilinha pra cima e pra baixo, voltando de ônibus. A coluna doía, e me senti velho.
   Chegando em casa, olhei a legislação,  que dizia que o carro poderia ser liberado assim que o motivo da apreensão desaparecesse. O que queria dizer?  Bastava pagar o IPVA, ou teria que esperar dez dias até receber o licenciamento? Liguei para o Detran, que me garantiu que o carro não estava lá. Que ligasse para a Transalvador.  Mas só dava ocupado.  Quando consegui falar, já eram umas 5:15h.  Deram outro número: o do pátio da Transalvador, que fica no Vale dos Barris. Finalmente encontrei meu carro. Bastaria pagar R$ 111,00 pelo guincho, e mais 2xR25,00 pelas duas noites que eles hospedariam meu celtinha. Além disso, levar uma cópia do comprovante de pagamento do IPVA. Aí eles me liberariam o carro. Mas tinha que ser no outro dia, terça, pois fechavam às 5:30h.
Se no momento da apreensão tivessem me informado onde meu caro ficaria, ou se pelo menos tivessem escrito isso na notificação que me deram, eu teria ido diretamente lá, na segunda feira de manhã mesmo.  De qualquer forma que alívio que senti. Só o fato de saber onde o carro estava, já me tirava um grande peso das costas.
  Terça-feira peguei o ônibus pros Barris. Cheguei cedo, me atenderam com rapidez e simpatia. Me deram o papel para eu pagar as despesas que tiveram com meu carro. Deveria também xerocar todos esses papéis e mais o documento do carro. Só que nada é tão ruim que não possa piorar.  Eles não dispunham de caixas, e eu teria que andar até a Av. sete.  E eu era o último a ser atendido antes de eles começarem uma assembléia que não tinha hora para terminar.  Quando fui sair para pagar, o portão já estava trancado. Foram procurar o porteiro para abrir para mim.
  No dia anterior a moça tinha me dito que seriam 161 reais no total.  Por precaução levei 180 em dinheiro vivo. Quando fui pagar na casa lotérica, eram 186.  Eles tinham me cobrado três pernoites: Sábado para domingo, domingo para segunda e segunda para terça.  Não sei qual é a hora do check-in, pois quando larguei meu carro apreendido na Garibaldi, eram 2h da madrugada de domingo.
  Mas felizmente a moça da casa lotérica podia sacar a diferença para mim.  Paguei, xeroquei, tomei uma laranjada para o meu ouvido aguentar o tranco. Liguei para minha mulher para avisar que ela tinha que voltar de táxi, do hospital.
  Voltei ao pátio da Transalvador, e encontrei um monte de gente do lado de fora, esperando a Assembléia terminar. Depois de uma hora deixaram um cara entrar.  Uma loura inteligente tentava convencer o cara a deixar ela entrar para inicar o trâmite de liberação de uma moto.  Lembrei que o rapaz tinha me dito que eu tinha prioridade, pois era só entregar os comprovantes e pegar o carro.
 - O meu é rápido: É só entregar os papéis e pegar o carro - falei.
 - Mas você vai ter que esperar. Só tem duas pessoas trabalhando aqui. Eu e o outro lá dentro. Quando você pagou?
 - Acabei de pagar agora.
   Uns 10 minutos depois ele me deixou entrar.  E acabou entrando ele mesmo para me atender. Esse pessoal da Transalvador é simpático.  Disseram que no Detran o carro fica preso por pelo menos 5 dias,  e que isso é possível graças a uma resolução aí, 98 ou 68, não lembro. Mas que na Transalvador eles abrem mão disso e liberam logo.
   Finalmente ia ver meu carrinho.  O rapaz do estacionamento me perguntou se o carro estava fácil de tirar.  Como eu poderia saber?  Não estava. Tinha outro atravessado na frente, e teria que esperar a empilhadeira, que estava ocupada com três novas vítimas que acabaram de chegar.  Me deu um papel que eu deveria entregar ao porteiro, para provar que meu carro estava realmente liberado.  Longos minutos de espera pela empilhadeira.  Quando ela chegou, senti que estava livre!  Fui com o carro até o largo portão fechado, sem ninguém para abrir.  Cheio de funcionários com a roupa da Transalvador, e eu ali, sozinho com meu carro na frente do portãozão, sem ninguém que me desse alguma explicação.  Esperei uns minutos e resolvi sair do carro para perguntar onde estava o porteiro.  O primeiro não soube me dizer. O segundo me apontou para o próprio rapaz que meu deu o papel de saída e que tinha orientado o cara da empilhadeira para liberar meu carro.  Ele era o porteiro! Saí finalmente. Que mundo estranho!  Parece Alice no País das Maravilhas!
   Se fosse no Japão nada disso aconteceria, e eu não teria assunto nenhum para estar aqui papeando com vocês.  O Brasil é tão interessante!
   Meu amigo tem uma gráfica e acha que quem tem dívida é que deve prestar atenção para pagar sempre em dias, mesmo que a fatura não chegue. A obrigação é de quem deve, não de quem cobra, diz ele.  Eu aqui, físico com 56 anos, tão esquecido, tenho que estar de olho no pagamento do IPTU, do IPVA, do cartão de crédito, da GVT, da TIM, da Coelba, do condomínio, etc, pois se a fatura não chegar na data prevista, eu vou ter que pagar multa e sofrer muitas aventuras...
   Ainda acho que seria muito mais prático se eu somente fosse obrigado a pagar as coisas cujas faturas me fossem apresentadas.  Seria tão agradável se facilitassem a vida do cidadão...
   Um aviso: se guincharem o carro de vocês (que isso nunca aconteça), não esqueça de perguntar para onde vão levar, e tudo o que é necessário para fazer a retirada.  Provavelmente ainda ficará faltando alguma informação.

domingo, 4 de dezembro de 2011

Guincharam meu carro!

  Mas metade da culpa foi minha, que estava andando com o documento do carro de 2009. Eles pensaram que eu estava há dois anos sem pagar o IPVA.
  Eu fui buscar minha filha numa festa de Jedis lá em Pernambués, e quando cheguei na Lucaia, voltei pro Iguatemi pra levar um dos amigos dela. Na volta, passei por uma blitz na Garibaldi.  Liguei a luz interna do carro pra cooperar com eles, e estranhei que eles me mandassem parar.  Era o pessoal da Transalvador.  
  - Vão lhe fazer o teste do bafômetro e descobrir que você nunca tomou bebida alcoólica desde que nasceu - minha filha disse.
  Entreguei o documento do carro e a carteira de habilitação com a tranquilidade dos justos.  Mas ele disse que o documento era o de 2009, que era para eu procurar o de 2011.  Não tinha, nem lembrava de ter recebido.  Sempre que recebo o papel cobrando o IPVA, pago correndo, porque sou muito esquecido. 
   Lembro que num ano aí me mandaram o IPVA de outra pessoa, que morava perto de mim, e fui lá no endereço do cara ver se o meu estava lá, para destrocar. Não estava.  Ele tinha recebido o de outra pessoa.    Quer dizer, a Transalvador também comete erros. 
   Saí do carro pensando que ia fazer o teste do bafômetro, mas me pouparam.  Um cara sério como eu, dá pra ver de cara que não bebe. Fizeram a notificação, todo mundo muito educado, e me entregaram.
   -Este papel é para eu mostrar quando encontrar outra blitz, até regularizar a situação? - perguntei ingenuamente.
   - De qualquer forma você só vai poder retirar o carro quando pagar os dois IPVAs atrasados - ele respondeu. 
  - Quer dizer que eu vou ter de voltar para casa de táxi?
  -  O modo como você vai voltar para casa é você que decide. Pela lei, o seu carro fica retido.
  Fiquei em estado de choque.  Nunca pensei que isso fosse acontecer comigo! Me instruíram a deixar o carro trancado lá do outro lado do passeio, solto, para o guincho poder puxar, e levar comigo a chave do carro.  Tirei tudo de dentro. Já ouvi histórias arrepiantes sobre carros deixados no Detran.  
   Os táxis que passavam pela blitz estavam todos lotados, pois traziam gente dos bares do Rio Vermelho.  O pessoal da Transalvador me orientou educadamente a pegar táxi no lado oposto e fazer o retorno.  Deixei minha filha lá do outro lado, enquanto ia carregando a bagagem até ela: bolos, salgadinhos, um monte de guardanapos de papel, galão de água, etc. 
  Já eram 2h da madrugada. Cheguei em casa, acordei minha mulher e contei a história. Ele perdeu o sono de susto. Eu fiquei resolvendo equações diferenciais parciais até o sono chegar.
  Procurei o documento do carro e achei o de 2010. Eu sempre carregava o de 2010 e o de 2009 juntos, mas precisei acionar o seguro uma vez, e para isso retirei o de 2010 da minha carteira. Acabei esquecendo de botar de volta.  Foi a minha parte na culpa.  O de 2011, eu nunca recebi. É a parte da culpa deles.  Agora, segunda feira vou lá tentar reaver meu carrinho.  Dizem que você paga também pelo tempo que o carro ficou lá hospedado.  No Japão, o cara paga pelo guincho também, que é bem mais caro do que a multa. 
  Comecei o dia de Iansã assim, com problemas. Na sexta-feira, quando terminei a aula, comi um acarajé numa baiana devota de Iansã, toda de vermelho. Depois passei logo no fruteiro, que me avisou que domingo seria dia de Santa Bárbara.  Achei que essa coincidência de papos (Santa Bárbara é Iansã, no candomblé) devia ter algum significado. Talvez tenha sido melhor assim, pois mais cedo ou mais tarde esse problema iria aparecer, e foi melhor numa hora em que eu estivesse presente. Por precaução, troquei minha camisa por uma vermelha.

domingo, 30 de outubro de 2011

Medo e Segurança - Mia Couto

Recebi este vídeo por Marta Laurito, que me ensinou muitas coisas na vida, e fiquei impressionado com a beleza do texto, a profundidade e a qualidade de tudo que é dito.  Para quem não entende português, aviso que depois de um tempo acostuma. Na segunda vez já dá para pegar tudo. É muito bonito, vale a pena ouvir mesmo!  Esse Mia Couto é um escritor Moçambicano, africano assumido. Ele é uma obra de arte que eu desconhecia, e quero compartilhar com vocês!


quarta-feira, 26 de outubro de 2011

domingo, 23 de outubro de 2011

Professor de Física da UFBa ganha prêmio nacional!

  Página B9 do jornal A Tarde de hoje (23/10/11): "Olival Freire Jr., em conjunto com Osvaldo Pessoa Jr. e Joan Lisa Bromberg, foi o vencedor 2011 do 53o. Prêmio Jabuti 2011, na categoria Ciências Exatas."
  O título do livro premiado é "Teoria Quântica: estudos históricos e implicações culturais", e é um livro aberto para a população em geral. Ou seja, não tem contas. Leiam sem medo. O jornal diz que quem dá o prêmio Jabuti é a Academia Brasileira de Letras, mas não é. Encontrei João Augusto, da Engenharia Mecânica, e ele também ganhou o quarto lugar deste ano com um livro sobre Fadiga.  Ele disse que quem dá o prêmio Jabuti é a Câmara Brasileira do Livro, que de qualquer forma é uma instituição de nível. E nível nacional.
   Os alunos da Física sempre diziam que Olival merecia receber um prêmio, porque, com a instituição do Mestrado em Ensino de Física, tinha levado um monte de mulheres para a nossa escola.  Acabou recebendo por outro motivo. Com Einstein também foi assim. Ele deveria receber o prêmio pela Teoria da Relatividade, mas acabou ganhando pelo Efeito Fotoelétrico.  O pessoal não conseguia entender a importância da Relatividade.
  Talvez também não consigam entender a importância das mulheres no Instituto de Física...

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Sobre o prêmio Nobel de Física - 2011

Vejam que esclarecedor este comunicado da SBF (Sociedade Brasileira de Física) sobre a recente premiação do Nobel de Física:

Descoberta de que o Universo está se expandindo em ritmo acelerado,graças a uma força contrária à gravidade, foi feita em 1998 por dois grupos independentes

O Prêmio Nobel em Física de 2011 acaba de ser anunciado pela Academia Real de Ciências da Suécia e vai para um trio de cientistas que abalou as fundações da cosmologia ao constatar que a expansão do Universo está se acelerando.

Metade do prêmio, no valor de 10 milhões de coroas suecas, ficou com Saul Perlmutter, do Laboratório Nacional Lawrence Berkeley e da Universidade da Califórnia em Berkeley, nos Estados Unidos, enquanto a outra metade foi dividida entre Brian Schmidt, da Universidade Nacional Australiana, e Adam Riess, da Universidade Johns Hopkins e do STScI (Instituto de Ciência do Telescópio Espacial), nos Estados Unidos.

A chave da descoberta foi o estudo de um tipo particular de supernova. Em tese, essas estrelas, denominadas Ia ("um-a"), explodem sempre com a mesma intensidade, o que faz com que seu brilho possa ser usado como uma referência relativamente segura para medir a distância e a velocidade de afastamento (baseada na distorção que a luz sofre ao partir de objetos em movimento na nossa direção, o chamado efeito Doppler).

O grupo de Perlmutter foi o primeiro dos dois a trabalhar com isso, em 1988. Em 1994, Schmidt e Riess se juntaram ao esforço. As equipes queriam usar as supernovas distantes como "faróis" no espaço, de forma a mapear o Universo. Mas o que eles descobriram, ao mesmo tempo, em 1998, foi muito mais assustador.

Os grupos encontraram cerca de 50 supernovas cuja luz era mais fraca do que deveria ser. Ao comparar a velocidade de afastamento delas com a de outras mais próximas, eles descobriram que a expansão do cosmos, iniciada com o Big Bang, está se acelerando.

Por tudo que se sabia até então, a expectativa era de que o ritmo de expansão estivesse sendo paulatinamente contido pela gravidade de todos os objetos do cosmos, atraindo-se uns aos outros e combatendo os efeitos do Big Bang. Contudo, ao que parece, há uma força desconhecida agindo contra a gravidade -- e vencendo.

Nasceu assim o misterioso conceito da energia escura. Sua natureza exata continua um enigma. Há quem defenda que se trata da própria energia contida no vácuo, potencializada pelo aumento de "vazio" entre as galáxias conforme a expansão cósmica foi avançando, mas a palavra final está longe de ser dada. E, como ela parece corresponder a cerca de três quartos de tudo que existe no Universo, fica a sensação de que ainda há muito trabalho a ser feito pelos físicos até que todos os mecanismos do cosmos estejam devidamente esclarecidos.

CONTATOS
Assessoria de comunicação da SBF
Salvador Nogueira
Tel: 0/xx/11 9178-9661
E-mail: comunicacao@sbfisica.org.br

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Fotografei Samuca!

Não sei se vocês já conhecem Samuca. Ele tem até uma comunidade no Orkut!  Fica andando por Ondina, desde a Ademar de Barros até a Centenário.  Uma simpatia ambulante. Desde que me mudei para Salvador, em 1994, que vejo ele andando por aí,  e acho que ele é uma marca do período em que levava minha filha pro ISBA e encontrava ele pelo caminho.  Olhe aí o seu amigo - dizia pra ela, e ela ficava toda contente.  Mas dizem que ele não gosta de ser fotografado.
  Pois bem, hoje, 30/09/11, quando saí pra fotografar o por do sol, encontrei ele parado na Sabino Silva. -Samuca!- falei, e ele me olhou como se estivesse respondendo. - Posso tirar uma foto?
  Ele olhou na diagonal, parecendo que não queria tirar essas fotos batidas de gente posando pra máquina. Taí a foto do nosso caro Samuca, o representante de Ondina:


sábado, 24 de setembro de 2011

Professores da Física 22 anos mais jovens

Vejam o que saiu na Tarde de hoje: Fritz, o segundo eu não conheço, Newton e Alberto Brum, professores daqui da Física, examinando um satélite que caiu em Santa Luz, em 1989. Vejam como eles mantiveram a forma! E a foto revela neles a paixão pela ciência. Admiro todos eles. Nossos parabéns!

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Surpresa no Taichi no morro do Cristo

   Como sempre, cato minha câmera e vou pro Morro do Cristo tirar foto de mais um por do sol. Quero juntar todas as fotos em um vídeo, e botar no youtube para mostrar como a posição onde o sol se pôe muda a cada dia, ciclicamente durante o ano. No verão, ele se põe lá na esquerda, onde a ponta de Itaparica se confunde com a linha do mar. É o sul, pois no verão o sol vem pro sul.  No inverno ele vai lá pro lado dos prédios, onde começam as palmeiras da igreja de Santo Antônio. Vai pro hemisfério norte.  Na primavera e no outono ele se põe quase em cima do farol da Barra.
    Mas primeiro eu faço meu Taichichuan, para amenizar o problema da tuba patulosa. Aprendi num curso que fiz durante uns cinco anos no Japão.  Todo ano vinha um professor convidado da China, especialmente para termos um mês de aulas de Taichichuan com um expert nativo.
    Esta quarta feira o morro estava especialmente lotado.  Sete de setembro, feriado nacional, e tinha mais gente do que nos dias de domingo.  Comecei meu taichi em frente ao mar, inspirado pela lua quase em cima de minha cabeça. De repente subiu pelas escadas vindo do mar uma personagem que a sociedade taxaria de desequilibrado mental. Um mendigo, com suas roupas escuras. Parou a quase um passo de mim e ficou me observando bem atentamente.
   - O dia hoje está bonito, né? - falei pra quebrar o constrangimento.
   - Tá - ele respondeu, e veio com o indicador e o dedo médio na direção dos meus dois olhos, como se fosse perfurá-los.  Mais do que medo, tive admiração.  O taichichuan na verdade é uma luta feita em câmara lenta, o que a torna mais difícil.  Se feito em movimentos rápidos, torna-se uma luta como outra qualquer, com golpes de quebrar o cotovelo do oponente.  E numa das muitas modalidades de taichichuan tem essa de incidir o indicador e o médio no olho do adversário para cegá-lo.  O cara entendia do assunto!
    -É isso mesmo! Você conhece, hein? - falei admirado, e continuei tranquilamente.  Ele foi se entusiasmando e respondendo com outros movimentos. Quando chegou nas partes mais difíceis, ele enfiava as pernas entre as minhas.  Todo mundo olhando. Eu percebia que ele conhecia a luta, mas ficava difícil para eu praticar com ele travando meu caminho. Aí começou a chover e todo mundo correu para se abrigar.
   -Eles correm porque não têm força de espírito como nós - ele falava.
   Como o sol continuava, apareceu então um arco-íris completo, desses que raramente se vê. Mostrei a ele e pedi licença para tirar foto.  Ele me pediu orgulhoso que tirasse foto dele com seu carrinho de mão.  Seu nome era Moacir Rodrigues, do Paraná. Mostrei-lhe a foto, e ele me abraçou com muito calor. Mas a chuva engrossava mais, e minha força espiritual estava ficando com medo de pegar um resfriado e não poder ir às aulas, encontrar meus caros alunos.
   -A chuva está engrossando! - falei à guisa de despedida e corri para o alto do morro, onde me abriguei na barraca do meu amigo José, dos cocos.
   Quando voltei para casa, ele já não estava mais por lá. Tomara que amanhã eu volte a encontrar esse Moacir, com sua simpatia diferente, para dar-lhe a foto impressa. O arco-íris inteiro não coube numa foto, e fiz a montagem que se vê aí embaixo. É uma função contínua por pedaços.  A forma da nuvem é a prova da continuidade.  Precisaria ter feito uma rotação em alguma das fotos, por causa da topologia tridimensional do espaço, sabem?
O homem do arco-íris

    Sábado 10/09 encontrei Moacir, o doidinho do arco-íris, perto da Perini da Barra.  Falei a ele que no domingo levaria a foto, e ele ficou todo alegre.  Imprimi essa foto aí, dele com o arco íris ao fundo, e ampliei também só ele com o carrinho de mão. Mas o cartucho estava quase sem tinta, principalmente colorida.  Nem o céu nem o mar apareciam, quanto mais o arco íris.  Papel A4 mesmo, bem rabuléu. Levei pra minha caminhada, mas não encontrei Moacir.  Encontrei o carro dele na entrada da favela da Rocinha.  Perguntei onde estava o dono, e me mandaram entrar na favela e perguntar.  Lá me informaram que o dono do carrinho era um pretinho que estava tomando cerveja na entrada do bar.
     Fui lá falar com ele. Ele ficou surpreso ao ver outra pessoa segurando o carro dele. Foi no sete de setembro, quando ele desceu a escada do morro do Cristo, e foi lá embaixo comer um rango. Moacir se aproveitou da ausência dele para tirar foto com o carro dele, como alguém que tira foto ao lado de uma Ferrari, ou uma Mercedes dos outros.  O dono do carrinho também estava bem orgulhoso da máquina dele.
   - É o meu carrinho mesmo!  Olhe para esses pneus!
E não queria largar a foto. Acho que queria ficar com ele, por orgulho de ter seu carrão fotografado e impresso. Bom de papo, já com umas cervejas no bucho, conversou bastante.  Resolvi deixar para entregar a foto a Moacir noutro dia. Mas acabei esquecendo o papel na padaria, onde certamente jogaram no lixo.  Para uns, uma coisa tão importante, para outros, um lixo.
  O por do sol de 16/09, na Barra, foi nublado:


domingo, 21 de agosto de 2011

O que quer dizer "em média"?

  Fui no restaurante a quilo, e perguntei à mocinha da balança quantos gramas as pessoas comiam em média. Ela respondeu que variava. Tinha os que comiam muito, mas tinham os que comiam pouco.  Ela não sabia que tirando a média nunca varia. Para tirar a média, você soma o peso de todos os que comeram no dia e divide pelo número de pessoas. Se uns comem 600 gramas e outros, 400 gramas, em média comem 500 gramas. Não queria que ela fizesse essa conta. Bastaria que ela lembrasse que às vezes tem, por exemplo, quem come 900 gramas, mas tem gente que come apenas 300 gramas. Então fica mais centrado em 600 gramas, ou coisa assim.
  Já outro dia, dia de São Lázaro, tinha um rapaz dando banho de pipocas na porta da igreja. A repórter da televisão perguntou quantas pessoas já tinham tomado banho de pipoca em média.  O pai de santo foi mais inteligente que a repórter. Respondeu que não dava para dizer.  Como é que você vai tirar a média da quantidade de pessoas que tomam banho de pipoca na frente da igreja de São Lázaro?  Faria sentido se fosse a média por hora. Das 8 às 9h, 5 pessoas, das 9 às 10h, 9 pessoas.  em média, sete pessoas por hora, por exemplo. Mas se fosse a média do dia, ele somaria o número de gente que tomou banho de pipoca e vai dividir por quê?  Não faz sentido. Certamente a repórter queria perguntar mais ou menos quantas pessoas já tomaram banho de pipoca.
   As pessoas andam sem saber o que quer dizer "em média".  É o famoso problema da Educação. Deficiência de Português ou de Matemática?  Isso eu não sei.
    Outro dia, nas minhas idas ao Morro do Cristo, encontrei Zé do coco. Fiquei sentado aos pés do Cristo, papeando com ele.
    -Rapaz, as cervejas que trouxe hoje, já vendi tudo - disse. Vendi 10.  A minha média é 15.
    Puxa, Zé aqui sabe o que é média! Tá com o nível melhor do que a pesadora do Spaghetti Lilás! - pensei.
   - Já teve dia que eu vendi somente 5, e o dia que vendi mais, vendi 15. Minha média é 15 - continuou, apagando a minha ilusão.
   Realmente, o pessoal não sabe nem o que é média... E ficam investindo em cadeias.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

O menino da capa

  Marcus Vinícius Argolo, que foi meu aluno de Física 4 em 2009-1, é o menino da capa do caderno Concursos do jornal A Tarde de 09/08/11.  Vai prestar pra Petrobrás e está estudando. Tomara que lembre de Física 4 e passe!

terça-feira, 28 de junho de 2011

Foto e Vídeos de Física 4 e Física 3:

A turma de Física 4, foto de Rogério. Todo mundo morrendo de alegria que ia fazer a prova...
Pena que acabou...

No ano que vem eu ensino Física 4 de novo! Façam reserva já!

Ou então façam Métodos de Física Matemática 1, como optativa!

Acho que vou reprovar Adoniran...


A turma de Física 3, tirada por Rogério:
O fotógrafo protestou contra a bandeira do Bahia

Precisa de outra foto! Esta ficou com a resolução muito ruim.
É que Gilson filmou, em vez de fotografar. Vejam o vídeo:



Agora a obra de arte de Gildo
Eu, serrinhense, de boiadeiro
E as simpatias do PAF-1:
Rogério, Marcos e Gilson
As outras, de rascunho:


Serrinhense


Brigando com o pescão





quarta-feira, 13 de abril de 2011

Choque elétrico no campus?

Recebi esta mensagem pelo Orkut, e acredito que seja realmente do grande professor Newton, da Física. É bom tomar cuidado.
Caros colegas,

Ontem 11/4/11 à noite (20:30) ao sair do PAF I onde ministrei uma aula
toquei acidentalmente em um poste de iluminação azul, novo, próximo ao
meu veículo e recebi um violento choque elétrico.
 Hoje pela manhã pude verificar em dezenas de postes (senão todos) que
os mesmos não possuem aterramento. Os postes foram instalados em base
de concreto com barras rosquedas presas nas ferragens internas não
havendo contato efetivo do metal com o solo (vi isso durante a
instalação) e não existe nenhuma haste de aterramento visível nem

conectada ao poste.
Os postes estão alimentados por uma fiação provisória e em muitos
casos as emendas dos fios, muito precariamente isoladas com
fita isolante) encontram-se mergulhadas em poças de água. Em alguns
casos pode-se observar borbulhas na água.
 O perigo de eletrocução é iminente para as pessoas que transitam nos passeios.
 Além disso também pude verificar que varios postes estão precariamente
fixados. Muitas porcas estão sendo utilizadas com apenas um ou dois
fios de rosca. A altura da barra rosqueada foi mal dimensionada ou a
obra foi mal executada. O risco de tombamento do poste é real se
ocorrer um leve impacto.
 Avisem nossos colegas e estudantes para não tocarem nos postes nem
pisarem nas poças de água nas vizinhanças.
 Se providencias urgentes não forem tomadas estaremos prestes a
presenciar uma tragédia.

Newton Barros de Oliveira
Instituto de Física.