domingo, 30 de outubro de 2011

Medo e Segurança - Mia Couto

Recebi este vídeo por Marta Laurito, que me ensinou muitas coisas na vida, e fiquei impressionado com a beleza do texto, a profundidade e a qualidade de tudo que é dito.  Para quem não entende português, aviso que depois de um tempo acostuma. Na segunda vez já dá para pegar tudo. É muito bonito, vale a pena ouvir mesmo!  Esse Mia Couto é um escritor Moçambicano, africano assumido. Ele é uma obra de arte que eu desconhecia, e quero compartilhar com vocês!


quarta-feira, 26 de outubro de 2011

domingo, 23 de outubro de 2011

Professor de Física da UFBa ganha prêmio nacional!

  Página B9 do jornal A Tarde de hoje (23/10/11): "Olival Freire Jr., em conjunto com Osvaldo Pessoa Jr. e Joan Lisa Bromberg, foi o vencedor 2011 do 53o. Prêmio Jabuti 2011, na categoria Ciências Exatas."
  O título do livro premiado é "Teoria Quântica: estudos históricos e implicações culturais", e é um livro aberto para a população em geral. Ou seja, não tem contas. Leiam sem medo. O jornal diz que quem dá o prêmio Jabuti é a Academia Brasileira de Letras, mas não é. Encontrei João Augusto, da Engenharia Mecânica, e ele também ganhou o quarto lugar deste ano com um livro sobre Fadiga.  Ele disse que quem dá o prêmio Jabuti é a Câmara Brasileira do Livro, que de qualquer forma é uma instituição de nível. E nível nacional.
   Os alunos da Física sempre diziam que Olival merecia receber um prêmio, porque, com a instituição do Mestrado em Ensino de Física, tinha levado um monte de mulheres para a nossa escola.  Acabou recebendo por outro motivo. Com Einstein também foi assim. Ele deveria receber o prêmio pela Teoria da Relatividade, mas acabou ganhando pelo Efeito Fotoelétrico.  O pessoal não conseguia entender a importância da Relatividade.
  Talvez também não consigam entender a importância das mulheres no Instituto de Física...

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Sobre o prêmio Nobel de Física - 2011

Vejam que esclarecedor este comunicado da SBF (Sociedade Brasileira de Física) sobre a recente premiação do Nobel de Física:

Descoberta de que o Universo está se expandindo em ritmo acelerado,graças a uma força contrária à gravidade, foi feita em 1998 por dois grupos independentes

O Prêmio Nobel em Física de 2011 acaba de ser anunciado pela Academia Real de Ciências da Suécia e vai para um trio de cientistas que abalou as fundações da cosmologia ao constatar que a expansão do Universo está se acelerando.

Metade do prêmio, no valor de 10 milhões de coroas suecas, ficou com Saul Perlmutter, do Laboratório Nacional Lawrence Berkeley e da Universidade da Califórnia em Berkeley, nos Estados Unidos, enquanto a outra metade foi dividida entre Brian Schmidt, da Universidade Nacional Australiana, e Adam Riess, da Universidade Johns Hopkins e do STScI (Instituto de Ciência do Telescópio Espacial), nos Estados Unidos.

A chave da descoberta foi o estudo de um tipo particular de supernova. Em tese, essas estrelas, denominadas Ia ("um-a"), explodem sempre com a mesma intensidade, o que faz com que seu brilho possa ser usado como uma referência relativamente segura para medir a distância e a velocidade de afastamento (baseada na distorção que a luz sofre ao partir de objetos em movimento na nossa direção, o chamado efeito Doppler).

O grupo de Perlmutter foi o primeiro dos dois a trabalhar com isso, em 1988. Em 1994, Schmidt e Riess se juntaram ao esforço. As equipes queriam usar as supernovas distantes como "faróis" no espaço, de forma a mapear o Universo. Mas o que eles descobriram, ao mesmo tempo, em 1998, foi muito mais assustador.

Os grupos encontraram cerca de 50 supernovas cuja luz era mais fraca do que deveria ser. Ao comparar a velocidade de afastamento delas com a de outras mais próximas, eles descobriram que a expansão do cosmos, iniciada com o Big Bang, está se acelerando.

Por tudo que se sabia até então, a expectativa era de que o ritmo de expansão estivesse sendo paulatinamente contido pela gravidade de todos os objetos do cosmos, atraindo-se uns aos outros e combatendo os efeitos do Big Bang. Contudo, ao que parece, há uma força desconhecida agindo contra a gravidade -- e vencendo.

Nasceu assim o misterioso conceito da energia escura. Sua natureza exata continua um enigma. Há quem defenda que se trata da própria energia contida no vácuo, potencializada pelo aumento de "vazio" entre as galáxias conforme a expansão cósmica foi avançando, mas a palavra final está longe de ser dada. E, como ela parece corresponder a cerca de três quartos de tudo que existe no Universo, fica a sensação de que ainda há muito trabalho a ser feito pelos físicos até que todos os mecanismos do cosmos estejam devidamente esclarecidos.

CONTATOS
Assessoria de comunicação da SBF
Salvador Nogueira
Tel: 0/xx/11 9178-9661
E-mail: comunicacao@sbfisica.org.br